Entenda o caso! Conversas interceptadas pela PF indicam que Mauro Cid passava dinheiro para Michelle Bolsonaro
5 mins read

Entenda o caso! Conversas interceptadas pela PF indicam que Mauro Cid passava dinheiro para Michelle Bolsonaro

Dos Reis também fez pelo menos 12 depósitos em dinheiro na conta de um parente da ex-primeira-dama

92amz.com.br/com informações da Agenda do Poder

Michelle Bolsonaro

Uma empreiteira com contratos com o governo de Jair Bolsonaro está ligada a uma série de repasses feitos a um militar da Ajudância de Ordens da Presidência da República. O policial, segundo-sargento Luis Marcos dos Reis, fez saques em dinheiro e usou o dinheiro para pagar despesas de um cartão de crédito usado por Michelle Bolsonaro em pelo menos três ocasiões, segundo a Polícia Federal.

Luiz Marcos dos Reis também fez pelo menos 12 depósitos em dinheiro na conta de um parente da ex-primeira-dama, segundo reportagem do UOL

Segundo a Polícia Federal, a Cedro do Líbano Comércio de Madeiras e Materiais para Construção, empresa sediada em Goiânia com contratos com o governo federal, é a fonte de depósitos de pelo menos R$ 25.360 na conta do sargento Dos Reis. Dos Reis trabalhava sob as ordens de Mauro Cid, então ajudante de campo de Bolsonaro, no Palácio do Planalto.

O principal contrato da Cedro do Líbano é com a Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), estatal que já foi alvo de operações da Polícia Federal que investigavam corrupção em contratos no Nordeste no ano passado.

Segundo a reportagem, o dinheiro foi depositado por Vanderlei Cardoso de Barros, pai de um sócio da Cedro do Líbano, nas contas do sargento Dos Reis. Em pelo menos uma ocasião, o dinheiro foi transferido da conta bancária da própria empresa. Após o depósito, o sargento retirava o dinheiro em um caixa eletrônico. Segundo a Polícia Federal, Dos Reis era o responsável por efetuar pagamentos a pessoas ligadas à ex-primeira-dama e a outros militares da ajudante de campo do Palácio do Planalto.

Os pagamentos continuaram pelo menos até julho de 2022, segundo dados obtidos pela Polícia Federal por meio de cadastros bancários de subordinados do tenente-coronel Mauro Cid.

Ao autorizar a quebra do sigilo bancário de subordinados de Cid no ano passado, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, afirmou que o caso tinha indícios de “desvio de dinheiro público” envolvendo militares do Palácio do Planalto e assessores da ex-primeira-dama.

Três dos depósitos do sargento Dos Reis foram para a conta de Rosimary Cardoso Cordeiro, amiga de Michelle Bolsonaro, que na época trabalhava como assessora parlamentar do gabinete do senador Roberto Rocha (PTB-MA).

Segundo a Polícia Federal, Rose emitiu um cartão de crédito usado por Michelle Bolsonaro e recebeu depósitos em dinheiro, alguns fragmentados, de integrantes da ajudante de campo do Palácio do Planalto, pelo menos até junho de 2021. Os recursos foram usados ​​para pagar da fatura do cartão de crédito usado pela primeira-dama.

Última atualização

Diálogos entre o então ajudante de ordens do Palácio do Planalto, o tenente-coronel Mauro Cid, e assessoras do governo Jair Bolsonaro apontaram a existência de uma orientação para o pagamento em dinheiro vivo de gastos da ex-primeira dama Michelle Bolsonaro.

A Polícia Federal interceptou as conversas por meio da quebra de sigilo das comunicações de Mauro Cid, preso no dia 3 de maio por suspeitas de fraudar certificados de vacina da Covid-19.

De acordo com informações publicadas neste sábado (13) pela coluna de Aguirre Talento, no portal Uol, duas assessoras da primeira-dama, Cintia Borba Nogueira e Giselle dos Santos Carneiro da Silva, conversaram entre si e com Mauro Cid manifestando preocupação sobre irregularidades no pagamento de despesas de Michelle.

Mauro Cid foi preso no começo do mês (maio/2023) no âmbito das investigações do Vacinagate, sobre falsificação de cartões de vacinação. Também há suspeita sobre ilegalidades de Daniel Cid, que é irmão do tenente, comprou uma mansão de R$ 8 milhões nos Estados Unidos, da qual o Mauro pode ser dono oculto, e teve negócio em paraíso fiscal.

Veja o relato de Cintia Borba Nogueira enviado a Giselle Carneiro (30/10/2020):

“Giselle, bom dia! É, é esse, esse pagamento, o coronel tinha passado para a gente, mas eu acho que esse banco digital a gente não consegue fazer pagamento. E transferência nós não podemos fazer. Então vê o que que nós podemos fazer. Se entregamos o dinheiro para vocês. Ou se você tem alguma outra conta, Banco do Brasil, alguma coisa que a gente possa fazer o depósito, tá bom Giselle? Bom dia aí, obrigado”.

Somos independentes apoie nosso tabalho via pix (92) 994961969

Você tem o livre arbitrio para fazer seu pix com qualquer valor, nossos colaboradores agradecem. não vendemos assinaturas, portal está no ar com o esforço de seus idealizadores

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *