Ostentação em joias e envolvimento em atentados: o que se sabe sobre Léo 41
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Ostentação em joias e envolvimento em atentados: o que se sabe sobre Léo 41

Traficante paraense é um dos 13 mortos em operação no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo

92amz/Com informações de O Globo

Leonardo Costa Araújo, o Leo 41, traficante apontado como o chefe do tráfico de drogas no Pará, era um dos alvos da ação policial
Leonardo Costa Araújo, o Leo 41, traficante apontado como o chefe do tráfico de drogas no Pará, era um dos alvos da ação policial Reprodução

92amz/Rio-Um dos 13 mortos na operação no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, na última quinta-feira, o traficante paraense Leonardo Costa Araújo, conhecido como Léo 41, ostentava joias e armamentos pesados no Rio de Janeiro. Ele estava na cidade há dois anos e meio, fugindo da polícia no Pará, seu estado de origem, onde ele era acusado de ser chefe da maior facção criminosa do Rio. Confira o que se sabe sobre o traficante:

Identidade falsa

Léo se valia de um documento falso, com outro nome e CPF, para não ser localizado. O CPF que aparece no informe está cadastrado na Receita Federal, mas consta como nulo. A data de nascimento usada por Léo 41 no cadastro falso também é diferente do verdadeiro aniversário do traficante paraense. Enquanto o Leonardo verdadeiro nasceu em janeiro de 1987, no falso a data de nascimento é em outubro do mesmo ano.

Ostentação em joias

Em foto obtida pelo GLOBO, o criminoso aparece usando um cordão, aparentemente de ouro e pedras preciosas, com a bandeira do Pará e o número 41, em alusão ao seu apelido.

Léo 41 estava escondido no Rio há cerca de dois anos e meio — Foto: Reprodução
Léo 41 estava escondido no Rio há cerca de dois anos e meio — Foto: Reprodução

Paraense no comando

No Rio, Léo 41 foi o primeiro bandido paraense a assumir o controle do tráfico de drogas em uma favela do estado. De acordo com investigações da Polícia Civil, o criminoso era responsável pelo tráfico em Porto das Caixas e Visconde, em Itaboraí, cidade vizinha a São Gonçalo.

Pessoalmente e a distância

De acordo com as investigações, Léo ganhou o comando dos bairros de Itaboraí dos traficantes Wilton Carlos Quintanilha, o Abelha, e de Edgar Alves de Andrade, o Doca, integrantes da cúpula da maior facção criminosa do Rio. Mesmo à distância, Léo 41 também comandava o tráfico de drogas também no Bengui, em Belém.

Passagens por outras comunidades

De acordo com as investigações da Polícia Civil do Rio, Latrol e Bolacha eram os principais comparsas de Léo 41 e o auxiliavam no comando do tráfico em Itaboraí. Todos tinham como base o Complexo da Penha, onde 23 pessoas foram mortas em operação da polícia em maio de 2022, entre eles três paraenses. Em outra foto obtida pelo GLOBO, o traficante aparece com a esposa na Vila Cruzeiro, na Penha, onde estava morando.

Envolvido em atentados

Ele é apontado pela polícia como um dos responsáveis por uma série de ataques que mataram mais de 40 agentes de segurança pública no estado do Pará nos últimos dois anos. Em 2021, o “Fantástico”, da TV Globo, divulgou uma conversa na qual um oficial da PM negociava com Léo o fim de atentados. O tenente-coronel falou com o traficante, que já estava foragido, pelo celular de um preso, de dentro de uma unidade prisional paraense.

Pensava em expansão

Segundo a polícia, ao assumir o comando da facção, Leo 41 tentava expandir o poder do grupo no Grande Rio, com a compra de armas e munições. O grupo criminoso enriquece através de tráfico de drogas, roubo, extorsões, sequestros e cobrança de valores mensais de seus integrantes.

— Essa facção também se especializou na extorsão de comerciantes, além do tráfico de drogas e armas, por isso o grande poderio econômico dele que era demonstrado com a ostentação de joias e armamento pesado — disse Daniela Santos, delegada geral adjunta do Pará.

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