Conheça a “esposa” de Deus que foi riscada da Bíblia
Uma vasilha do século XIII, encontrada no deserto de Sinai, registra um pedido de bênção ao casal divino. No recipiente existem várias inscrições que fortalecem a tese de que o Deus teve uma esposa.
Com informações UOL
Vasilha do século XIII, encontrada no deserto de Sinai, registra um pedido de bênção ao casal divino | Divulgação/ Francesca Stavrakopoulos
A Bíblia é uma coleção ou compilação de livros sagrados, contendo as histórias, doutrinas, códigos e tradições que guiam os cristãos, com base na tradição judaica (Antigo Testamento) e na divulgação do Evangelho (Novo Testamento). A Bíblia fala sobre quem criou o mundo e todas as coisas, quem ele é, como ele age e como podemos nos relacionar com ele. No livro sagrado, Deus é o personagem principal da Bíblia. No entanto, uma figura muito importante acabou sendo banida da história.
A deusa mãe, mulher de Javé, teria sido excluída intencionalmente da Bíblia, no caminho para a construção da hegemonia masculina. Em tempos anteriores ao monoteísmo patriarcal, instaurado pelo judeu-cristianismo, responsável por enaltece os valores masculinos da conquista, expansão e exploração da natureza, prevaleceu uma concepção religiosa da divindade como um casal: Deus Mãe e Deus Pai.
De acordo com a pesquisadora da Universidade de Exeter Francesca Stavrakopoulos, as grandes religiões abraâmicas também adoravam, junto com Javé, a deusa Aserá (chamada por vezes de Astaroth), uma divindade doadora, como a Ishtar babilônica, ou a Astarte grega, arquétipos da divindade feminina, como a Lua, a Terra e Vênus.
A cientista se baseou sua hipótese no estudo de antigos textos, amuletos e figuras encontrados na cidade de Ugarit, atual território da Síria, que refletem o modo como Aserá era adorada, junto com Javé, ou Jeová, como uma poderosa deusa da fertilidade.
Segundo a especialista, uma vasilha do século XIII, encontrada no deserto de Sinai, registra um pedido de bênção ao casal divino. No recipiente ainda existem várias inscrições que fortalecem a tese de que o Deus bíblico teve uma esposa.
São também significativas as escrituras bíblicas que mostram como Aserá era adorada no templo de Javé, em Jerusalém, ou a descrição de uma estátua da mesma deusa, que, segundo é narrado no Livro dos Reis. A referência a “A Rainha do Céu” no Livro de Jeremias, poderia ser uma possível alusão à mesma divindade. A pesquisadora concluí que como as edições seguintes da Bíblia, feitas sempre por homens, teriam o objetivo de manter no centro do poder a casta sacerdotal masculina.
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