Ministério da Saúde de Gaza diz que ataque israelense matou ao menos 500 em hospital
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Ministério da Saúde de Gaza diz que ataque israelense matou ao menos 500 em hospital

GUERRA

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92amz/Jornal do Brasil

O hospital Al Ahli Arab, financiado pela Igreja Anglicana, abrigava feridos pelos ataques aéreos de Israel nos últimos dias/ REUTERS

O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo grupo Hamas, afirmou que um ataque aéreo israelense, nesta terça-feira (17), atingiu um hospital na cidade de Gaza e matou pelo menos 500 pessoas. Se confirmado, seria de longe a ofensiva mais mortal em cinco guerras travadas desde 2008. Israel nega a autoria do massacre.

Israel Bombardeia hospital na Palestina

O hospital, Ahly Arab, atendia centenas de feridos, mas também se tornou refúgio para os civis, que acreditavam que a unidade seria poupada de bombardeios depois que Israel ordenou que todos os moradores locais e áreas vizinhas evacuassem para o Sul. O Hamas afirma que a maioria dos mortos no hospital é de pessoas que estavam desabrigadas.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) alegam que a explosão foi causada por um foguete da Jihad Islâmica que foi lançado contra o território israelense, mas que atingiu o hospital na cidade de Gaza. A Jihad Islâmica também negou que seja a responsável.

Ainda não há consenso sobre o número de mortos. O porta-voz do Ministério da Saúde, Ashraf al-Qidra, deu uma entrevista a uma TV e disse que são 500. Já o porta-voz da Defesa Civil, Mahmoud Basal, afirma que são 300. O chefe da Defesa Civil disse que as equipes estão sobrecarregadas e não estão conseguindo atender a emergência de forma adequada.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, decretou três dias de luto pelo ataque ao hospital. Para a Autoridade Palestina, que é adversário político do Hamas e não tem poder sobre a Faixa de Gaza, o ataque ao hospital foi um massacre.

Abbas tinha planos para se encontrar com o presidente Joe Biden, dos Estados Unidos, nesta quarta-feira (18). No entanto, ele cancelou essa reunião e afirmou que vai voltar para a cidade de Ramallah, na Cisjordânia.

De Norte a Sul

No sul, em cidades como Rafah e Khan Yunis, ataques contínuos mataram dezenas de civis e pelo menos uma figura sênior do Hamas na terça-feira.

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Com Israel barrando a entrada de água, combustível e alimentos em Gaza desde o brutal ataque do Hamas na semana passada, o secretário de Estado dos EUA Antony Blinken garantiu um acordo com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu para discutir a criação de um mecanismo para fornecer ajuda aos 2,3 milhões de pessoas do território.

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