Maiores cachês do Manaus Passo a Paço é de Gusttavo Lima (R$ 1 milhão), Simone Mendes (R$ 800 mil) e Ivete Sangalo (R$ 800 mil).
Apesar da alegação de David Almeida de que quase 80% das despesas do evento serão cobertas por patrocínios, as contas não fecham.
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Portal 92amz
O Sou Manaus Passo a Paço 2025, que promete atrair 500 mil pessoas para três dias de shows, é mais uma tentativa da gestão do prefeito David Almeida (Avante) de seduzir o público, utilizando o velho truque de oferecer entretenimento. A estratégia da prefeitura é fazer a população acreditar que está “pagando apenas um quilo de alimento” para assistir grandes artistas nacionais, como Gusttavo Lima, Ivete Sangalo e Simone Mendes, ao mesmo tempo em que promove um evento financiado com verbas públicas. É o que diz a reportagem do Portal D24am.
Embora o evento seja anunciado como uma troca de um quilo de alimento não perecível por uma pulseira de acesso aos shows, o valor pago pelos cidadãos vai além do que parece. Se fizermos as contas, com base no valor atual do feijão, cerca de R$ 5,99 o quilo, e multiplicarmos por 500 mil pessoas, chegamos ao valor de R$ 299,9 milhões, ou quase R$ 3 milhões em alimentos arrecadados para o evento. O valor do produto é baseadoa em uma recente pesquisa do Serviço de Atendimento e Proteção ao Consumidor (Procon Manaus).
Ou seja, no fim das contas, a população é quem sustenta o evento, mas acredita que está “contribuindo” com a solidariedade ao doar um quilo de alimento.
Segundo a prefeitura de Manaus, os alimentos arrecadados no evento SouManaus Passo a Paço serão destinados a entidades de assistência e famílias em situação de vulnerabilidade social, com foco em ribeirinhos e pessoas em estado de carência.
A população está pagando o festival duas vezes, sendo uma via de impostos, que financiam a estrutura do evento, e outra ao ter que comprar o alimento para trocar por ingressos, com o dinheiro retornando ao município.
Apesar da alegação de David Almeida de que quase 80% das despesas do evento serão cobertas por patrocínios, as contas não fecham tão bem. A Prefeitura de Manaus já firmou contratos que somam mais de R$ 17 milhões, sem contar os custos de infraestrutura, como palcos e sonorização, que chegam a R$ 14 milhões. Esses valores são apenas uma parte do custo real para a prefeitura.
Podemos afirmar que o valor final para os cofres públicos será bem mais alto, mesmo com a promessa de patrocínios que “aliviam” parte da conta. Não há documentos públicos que detalhem os aportes financeiros feitos por cada empresa patrocinadora.
Porém, estimativas apontam que, somente com os cachês dos 17 artistas já anunciados, terão o custo mínimo para a Prefeitura que ultrapassará R$ 7 milhões.
Entre os nomes de destaque estão Gusttavo Lima (R$ 1 milhão), Simone Mendes (R$ 800 mil) e Ivete Sangalo (R$ 800 mil).
A lista inclui ainda Padre Alessandro Campos (R$ 300 mil), Fernandinho (R$ 200 mil), Joelma (R$ 200 mil), Bruno & Marrone (R$ 700 mil), Xamã (R$ 200 mil), BK (R$ 200 mil), Calcinha Preta (R$ 700 mil), Pablo do Arrocha (R$ 250 mil), Paralamas do Sucesso (R$ 250 mil), MC Livinho (R$ 150 mil), Ludmilla (R$ 200 mil), Dubdogz (R$ 100 mil) e Xand Avião (R$ 600 mil). Os valores do cachê do grupo Poesia Acústica não foram divulgados.
A Prefeitura faz a população acreditar que está recebendo algo valioso em troca de um simples troca de alimento e utiliza o evento para reforçar sua imagem política, especialmente com a chegada das eleições de 2026.
O prefeito busca fazer o povo sentir que está “contribuindo” mas, na realidade, está pagando por algo que é parcialmente custeado com seus próprios impostos.
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