Ratinho Júnior recua de candidatura nacional e mira sucessão no Paraná
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Ratinho Júnior recua de candidatura nacional e mira sucessão no Paraná

O avanço de Lula em pesquisas recentes mexeu com os cálculos de Ratinho e de Moro e reforçou a necessidade de o governador definir um nome competitivo até a janela partidária, evitando que a oposição capitalize sozinha a maré nacional.

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Da Redação do Portal 92amz

O Blog do Esmael apurou, com fontes no Palácio Iguaçu, que o governador do Paraná estuda avisar nas próximas horas ao presidente do PSD, Gilberto Kassab, que permanecerá no cargo e não entrará na corrida ao Planalto em 2026.

A decisão é atribuída à consolidação do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) como nome preferencial dos oligarcas da Faria Lima e da velha mídia, e ao desejo do paranaense de comandar pessoalmente o embate estadual em que o adversário a ser batido é o senador Sergio Moro (União), hoje liderando pesquisas preliminares.

Tarcísio de Freitas segue na corda bamba, apesar das feitiçarias da Faria Lima.
Após feitiçarias da Faria Lima, Tarcísio de Freitas será o candidato da direita em 2026.

A inflexão de Ratinho amadureceu após movimentos recentes que expuseram a dependência da direita do bolsonarismo e à hesitação do sistema financeiro e do próprio PSD nacional.

Tarcísio diz publicamente que vai disputar a reeleição em São Paulo porque precisa manter o discurso de gratidão a Bolsonaro e preservar seu cargo até abril de 2026, prazo em que teria de renunciar se quisesse concorrer à Presidência.

Declarar em voz alta que vai à reeleição em SP é prudência política de Tarcísio.

Mas, nos bastidores, a leitura consolidada, inclusive publicada pelo Blog do Esmael, é que os oligarcas do sistema financeiro e midiático já o tratam como o “plano A” da direita para enfrentar Lula.

Isso se baseia em sondagens de mercado, articulações discretas e no esvaziamento de outros nomes conservadores, como Ratinho Júnior, Ronaldo Caiado e Romeu Zema.

Pesou também a falta de apoio explícito de Kassab ao projeto nacional de Ratinho, o que gerou mágoa no núcleo político do governador.

Em contrapartida, caciques da direita sondaram o paranaense para coordenar a campanha de Tarcísio no Sul.

A hipótese em estudo prevê a migração do paulista do Republicanos ao PL até dezembro, movimento que daria fundo e estrutura, enquanto Ratinho preservaria o comando da sua sucessão no Paraná.

Alexandre Curi e Ratinho Jr. se abrançam em evento de prefeitos. Foto: reprodução/AC/Instagram
Alexandre Curi e Ratinho Jr. se abrançam em evento de prefeitos. Foto: reprodução/AC/Instagram

No plano estadual, a desistência da Presidência recoloca o foco de Ratinho na montagem da chapa ao Palácio Iguaçu.

Bastidores já apontavam um “funil” em favor do presidente da ALEP, Alexandre Curi, com Rafael Greca e Guto Silva disputando espaço, enquanto o vice Darci Piana mantém baixa exposição.

A ordem do governador foi clara: cada pré-candidato à sua sucessão corra o trecho, teste capilaridade e mostre lealdade até a decisão entre abril e junho de 2026.

Do outro lado, Moro acelera para consolidar sua candidatura e tenta pacificar a federação com o PP, mas enfrenta a própria fragmentação da direita paranaense, exposta em rachas públicos e disputas internas que elevam o custo de sua viabilidade.

O Blog já mostrou como a crise com Cristina Graeml, Jeffrey Chiquini e o tabuleiro do PP complicam o projeto do ex-juiz.

A leitura no Centro Cívico é que, sem o Planalto no horizonte, Ratinho terá mais tempo e poder de agenda para administrar vaidades, neutralizar ruídos e bater o martelo no momento de maior tração.

A hipótese ventilada por alguns atores, um “cavalo de pau” rumo a uma vice com Lula, é tratada como improvável no núcleo palaciano; prevalece o desenho de coordenação regional da campanha de Tarcísio, com a promessa de espaço em um eventual governo da direita, que poderia ir de ministério à direção-geral de Itaipu, caso o projeto vença nas urnas.

Enquanto isso, o jogo local segue quente, com chutes abaixo da cintura, dedos nos olhos e até uso de deepfakes entre pré-candidatos governistas ao Palácio Iguaçu.

Sucessão de Ratinho Júnior tem 4 pré-candidatos.
Ratinho Júnior ordenou que pré-candidatos governistas se viabilizassem à sua sucessão em 2026

O avanço de Lula em pesquisas recentes mexeu com os cálculos de Ratinho e de Moro e reforçou a necessidade de o governador definir um nome competitivo até a janela partidária, evitando que a oposição capitalize sozinha a maré nacional.

A Faria Lima, por sua vez, pressiona por uma solução que una direita e centro em torno de Tarcísio e pacifique as disputas regionais.

Ao tirar o corpo da disputa presidencial, Ratinho preserva capital, busca controlar a própria sucessão e ganhar voz na engenharia nacional da direita.

O risco está na cronometria: se demorar a ungir o sucessor, entrega terreno a Moro e à oposição.

Se antecipar demais, alimenta fissuras internas e canibalização no grupo governista.

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