Conheça o projeto de ligação rodoviária entre o Amazonas e o Pará
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Conheça o projeto de ligação rodoviária entre o Amazonas e o Pará

“A Ponte de Safena será um rodovia de integração nacional, e se somará as demais estradas brasileiros, e os investidores que já sinalizaram interesse são chineses, americanos, árabes e europeus”

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Foto: Arquivo/ALE-AM

Nos últimos anos, as lideranças do estado do Amazonas têm reavivado o debate acerca da construção de uma rodovia que conectará a capital amazonense, ao estado do Pará. Este projeto, voltou com força na última semana após discursão de senadores do Amazonas, com Marina Silva, Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil.

CONHEÇA O PROJETO

Com 434 quilômetros de extensão e três pontes, o Amazonas estaria interligado ao Pará por uma rodovia. Esse é o objetivo do projeto “Ponte de Safena”, que prevê uma estrada que sairá de Itacoatiara, passando por Urucurituba e Maués, no Amazonas, atravessando a fronteira e chegando à Aveiro, no Pará, a um custo de R$ 6 bilhões.
Segundo o empresário Jeovam Barbosa, presidente da Junta de Mediação e Arbitragem do Amazonas (Jumam) e idealizador do projeto, a previsão é que a rodovia fique pronta em até 6 anos.


“O projeto prevê uma extensão da AM-010 a partir do município de Itacoatiara, que cruzará o Rio Amazonas em dois trechos por pontes, passará por Urucurituba, depois seguirá por Maués até o município de Aveiro, onde passará por uma terceira ponte, agora sobre o rio Tapajós, seguindo até a PA 114, e de lá chegando à BR-163 (Cuiabá-Santarém)”, conta Jeovam.

Jeovam explica que, desde 2017, foi assinado um protocolo de intenção para o Consórcio Rodoviário Intermunicipal entre as prefeituras de Itacoatiara, Urucurituba e Maués para a construção da rodovia.

“Em 2017, a prefeitura de Itacoatiara, através da Procuradoria-geral do município, assumiu o compromisso de formar um Consórcio Intermunicipal Rodoviário com Urucurituba e Maués, no Amazonas, para dar efetividade ao projeto e deliberar sobre o cronograma de atividades, considerando a necessidade de viabilização, elaboração de estudos de viabilidade econômica, técnica, social e ambiental, elaboração do projeto”, segundo publicação do Diário Oficial dos Municípios do Amazonas, de 27 de outubro de 2017.

O Exército, através da 12ª Região Militar, também sinalizou como importante a construção da rodovia, ressaltando como uma alternativa à atual BR-319.

“A construção de uma rodovia, com boas condições de trafegabilidade, durante o ano interior, permitiria uma segunda opção de transporte de cargas e de pessoas, inclusive de meios militares, na direção do Pará. Para o exército seria de suma importância, pois permitira a abertura de dois eixos de suprimento para ligar-se com suas tropas na Amazonas, trazendo falibilidade de concentração de tropa e suprimento, diminuindo custos e tempo, além de incrementar a ligação e a coesão nacional”, disse o documento de apreciação do Exército, assinado pelo chefe cel. Luis Moisés de Oliveira Braga Otero.

Ainda segundo ele, há investidores internacionais que estão interessados em financiar o projeto que prevê um investimento de R$ 6 bilhões, e Jeovam ressalta a importância da via, que não passará por terra indígena.

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“A Ponte de Safena será um rodovia de integração nacional, e se somará as demais estradas brasileiros, e os investidores que já sinalizaram interesse são chineses, americanos, árabes e europeus”, disse, acrescentando que a via não passará por áreas indígenas durante, “apenas por terras liberadas pelos municípios, estados e união”, concluiu Jeovam.

Em nota, a Secretaria de Infraestrutura do Amazonas (Seifnra) disse que aguarda o anteprojeto para dar algum parecer sobre a viabilidade de construção da rodovia.

Também em nota, a Secretaria de Transportes do Pará (Setran) disse que desconhece o projeto e que não existe a rodovia PA – 114 (à qual seria feita a ligação com a “Ponte de Safena”), no entanto, o criador do projeto, Joevam Barbosa, ressalta que esteve in loco na rodovia que atravessa a Comunidade Andrelândia, em Aveiro.

Matéria publicada originalmente no dia 14 de agosto de 2019 pelo Portal Amazônia


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