Moro já é tratado por seus pares como ‘ex-senador em atividade’.
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Moro já é tratado por seus pares como ‘ex-senador em atividade’.

Disputa pela vaga de Sérgio Moro no Senado ganha destaque, enquanto políticos de diversos partidos mostram interesse na corrida eleitoral.

92amz/com informações do 247

Sergio Moro
Sergio Moro (Foto: Pedro França/Agência Senado)

Nas últimas semanas, a política brasileira tem sido palco de uma disputa acirrada pela vaga deixada por Sérgio Moro no Senado. Após o ex-juiz e ex-ministro da Justiça ter visto seu sonho de disputar a presidência da República ser frustrado, ele optou por concorrer ao Senado pelo estado do Paraná. No entanto, suas chances de permanecer no cargo são incertas, e os colegas políticos já o tratam como “ex-senador em atividade”, informou Leonardo Sakamoto, no Uol.

A situação é atípica, pois tanto o Partido dos Trabalhadores (PT), liderado por Lula, quanto o Partido Liberal (PL), de Bolsonaro, apresentaram ações questionando a candidatura de Moro. Senadores apontam que, se o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) der sobrevida a Moro, é provável que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não confirme sua candidatura, citando a jurisprudência da cassação da senadora Selma Arruda em 2019, que resultou em novas eleições.

Dentro do PT, três nomes se destacam como possíveis candidatos à vaga de Moro: Roberto Requião, Zeca Dirceu e Gleisi Hoffmann. Enquanto isso, entre os aliados de Jair Bolsonaro, Ricardo Barros (PP) e Paulo Martins (PL) se colocaram à disposição para disputar a cadeira.

Um dos personagens importantes nessa história é Alvaro Dias (Podemos), conhecido por ser um vigoroso defensor da Operação Lava Jato e um dos entusiastas da entrada de Moro na política. No entanto, sua escolha de apoiar o ex-juiz causou atritos com seus próprios eleitores, que o acusaram de traição.

É inegável que Sérgio Moro teve papel fundamental na história recente do país, sendo responsável por condenar Lula, o que abriu caminho para a vitória de Bolsonaro nas eleições de 2018, além de manter o ex-presidente petista preso por 580 dias. No entanto, a revelação de mensagens de Telegram que sugerem a combinação de estratégias com procuradores da força-tarefa da Lava Jato trouxe questionamentos sobre a conduta de Moro e levou a uma revisão de seu trabalho.

Enquanto o imbróglio jurídico se desenrola, a política segue movimentada, e diversos políticos enxergam uma oportunidade de ocupar o espaço deixado por Moro. A corrida eleitoral está apenas começando, e o destino político do ex-juiz ainda é incerto. O que está claro é que, nesse cenário, não faltam candidatos interessados em preencher a vaga deixada pelo ex-senador em atividade.

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