Delegado do AM, policiais e vereadora são presos pela PF por sequestro e tortura de homem em Roraima
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Delegado do AM, policiais e vereadora são presos pela PF por sequestro e tortura de homem em Roraima

Prisões ocorreram na manhã desta quinta-feira (22) no Amazonas e em Roraima. Batizada de Operação Jeremias 22:17, a ação também cumpriu outros mandados de prisão temporária e de busca e apreensão na Bahia, São Paulo e Rio Grande do Sul.

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Alvos da PF (da esquerda para a direita, no sentido horário): delegado Adriano Félix, vereadora Adriana, o empresário Lidivan Reis, agente Álvaro Tibúrcio, agente Edmilton Freire, PM Jan Elber, e o empresário Matheus Possebon — Foto: Reprodução/Facebook e Arquivo/g1

A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (22) o delegado da Polícia Civil do Amazonas Adriano Félix Claudino da Silva, a vereadora Adriana Souza dos Santos, o empresário Matheus Possebon e outros quatro policiais por envolvimento no sequestro e tortura de um homem em Roraima. A ideia deles, segundo a PF, era roubar uma carga de cassiterita extraída ilegalmente da Terra Indígena Yanomami.

A lista completa de presos inclui:

  • Adriano Félix Claudino da Silva – delegado da Polícia Civil no Amazonas;
  • Álvaro Tibúrcio Steinheuser – policial civil no Amazonas;
  • Edmilton Freire dos Santos – policial civil no Amazonas;
  • Lidivan Santos dos Reis – empresário do ramo de venda de carro e investigado por tráfico de drogas em outra ação;
  • Jan Elber Dantas Ferreira – policial militar em Roraima;
  • Matheus Possebon – empresário do ramo artístico musical;
  • Adriana Souza dos Santos – vereadora no município de Caracaraí, no interior de Roraima, e escrivã da Polícia Civil de Roraima.

O g1 tenta localizar a defesa de todos os investigados.

As investigações apontam que os envolvidos formaram um grupo criminoso para escoltar cargas de minérios extraídos ilegalmente da Terra Indígena Yanomami, prestar serviços de segurança de forma clandestina e apurar a ocorrência de roubos de cargas de forma paralela à atuação estatal.

O sequestro aconteceu no município de Caracaraí, em fevereiro de 2023. À época, a Polícia Militar informou que a vítima estava trabalhando quando foi algemada, ameaçada e agredida com tapas e choques elétricos (entenda mais abaixo).

Batizada de Operação Jeremias 22:17, a ação da PF desta quinta cumpre sete mandados de prisão temporária 13 de busca e apreensão em Roraima, Amazonas, Bahia, São Paulo e Rio Grande do Sul. Eles foram determinados após investigações com participação direta da Promotoria de Justiça de Caracaraí.

De acordo com a PF, na busca de um suposto roubo de cassiterita, os policiais do Amazonas sequestraram e torturam o homem para que ele indicasse o destino da carga. As investigações apontam a participação de policiais de Roraima em apoio aos do Amazonas.

Suspeitos foram presos nesta quinta-feira (22) pela Polícia Federal.  — Foto: Ascom PF/Arquivo

Suspeitos foram presos nesta quinta-feira (22) pela Polícia Federal. — Foto: Ascom PF/Arquivo

Sequestro e tortura

Os crimes aconteceram no dia 8 de fevereiro de 2023 na vicinal 3, em Caracaraí, localizado ao Sul de Roraima. A vítima sofreu lesões nos pulsos e marcas de tapas no peitoral. Além disso, ele sofreu choques na região do tórax.

À Polícia Militar, o pai da vítima relatou que estava trabalhando em um terreno com o filho quando um carro parou no local e três homens desceram do veículo. Segundo o relato, os homens se identificaram como policiais civis e um deles perguntou a localização da vicinal 4, onde estaria ocorrendo uma briga. Por conta disso, em uma motocicleta, a vítima os acompanhou até o local.

No entanto, quando chegou ao local indicado, o homem foi algemado e ameaçado com tapas e choques elétricos. Além disso, os suspeitos afirmaram que incendiariam a motocicleta dele caso não colaborasse.

Com a vítima, eles seguiram até o município de Iracema e posteriormente seguiram para Mucajaí. Dentro do carro, a vítima foi pressionada a cerca de alguma informação sobre um caminhão graneleiro que, segundo os suspeitos, foi furtado e transportava cassiterita, um metal usado para produzir ligas.

Durante o interrogatório, outros três homens chegaram ao local e informaram que pertenciam ao Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). Na ocasião, eles pegaram o celular da vítima para averiguar se ele estava envolvido no caso ou se tinha informações sobre o paradeiro de um outro homem.

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Ao fim da ação, eles liberaram a vítima e, inclusive, lhe deram R$ 60 para que ele pegasse um ônibus rodoviário e retornasse para Caracaraí. Os dois policiais do Amazonas foram presos à época, após serem denunciados.

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