Presidente diz que não tem que prestar contas a banqueiros, mas ao povo pobre
Nesta terça (2) o presidente vai participar do cortejo do 2 de Julho, em alusão à Independência da Bahia
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Com Informações do ICL/Redação do 92amz
Ao participar de uma cerimônia de anúncio de investimentos na Bahia, nesta segunda-feira (1º), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que não tem que “prestar contas para banqueiros”, mas sim à população pobre do Brasil.
“Graças a Deus, enxerguei meu povo e é para ele que tenho que fazer as coisas. Não tenho que prestar contas a nenhum ricaço desse país, a nenhum banqueiro, tenho que prestar contas ao povo pobre, trabalhador desse país, que precisa que a gente tenha cuidado e que a gente cuide deles”, disse o presidente Lula.
A fala de Lula foi feita no momento em que o presidente defendia o programa Pé-de-Meia, criado pelo governo para oferecer bolsas a estudantes do ensino médio a fim de evitar a evasão escolar. Lula afirmou que “o tal do mercado” critica o governo “todo dia”.
“A gente precisa cuidar das crianças, alfabetizar as crianças. Não foi fácil criar o Pé de Meia, um programa que custa R$ 7 bilhões. O tal do mercado, que nos critica todo dia, dizia ‘O Lula tá gastando dinheiro, para que gastar dinheiro com Pé de Meia’. Eu prefiro gastar para estudar do que gastar para colocá-lo na cadeia quando eles não aprenderem uma profissão”, afirmou.
Na Bahia, Lula participou, também, da inauguração de um trecho da duplicação BR-116 entre as cidades de Santa Bárbara e Feira de Santana. O presidente anunciou R$ 2,4 bilhões de investimentos em infraestrutura para a Bahia, como a pavimentação de 194 quilômetros da BR-030 no oeste baiano, entre os municípios de Cocos e Mambaí.
Em Feira de Santana, o presidente também autorizou a contratação de empreendimentos habitacionais da nova seleção do Minha Casa, Minha Vida em um total de 1.075 unidades habitacionais.
Lula faz críticas ao presidente do BC
Durante sua passagem pelo interior da Bahia, o presidente Lula concedeu entrevista a uma rádio local em que voltou a criticar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. “O que você não pode é ter um Banco Central que não está combinando adequadamente com aquilo que é o desejo da nação. Não precisamos ter política de juro alto neste momento, a taxa Selic a 10,5% está exagerada”, afirmou.
O presidente, na Bahia, também cobrou mais empenho da bancada federal na defesa do governo no Congresso Nacional. “Nós muitas vezes não gostamos de enfrentar o debate e aquele microfone é feito para a gente debater. Não há nada que a gente não tenha que dar resposta. A gente não tem que levar desaforo para casa porque quem nos critica não vale uma titica de cachorro”, disse.
Nesta terça (2), o presidente vai participar do cortejo do 2 de Julho, em alusão à Independência da Bahia. Depois, segue rumo ao Recife para dois atos na capital pernambucana, fechando a viagem de dois dias no Nordeste.